Vai uma bola de Berlim? | Não na administração pública, dizem especialistas

15 Novembro 2016

Ao generalizar a directiva que determina a limitação de produtos prejudiciais à saúde nas máquinas de venda que estão nas repartições da administração regional, centros de saúde e hospitais, a Madeira "foi além do continente", afirma Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. "É uma excelente iniciativa", diz ao PÚBLICO.

Em Junho, o Ministério da Saúde publicou um despacho a determinar a limitação de produtos prejudiciais à saúde, mas apenas nas máquinas de venda automática disponíveis nas suas instituições - agora a Madeira estendeu-a. Donuts, bolas de Berlim, Coca-Cola ou álcool, pão com chouriço, rissóis ou croissant com chocolate são alguns desses produtos proibidos.

"Um dos objectivos deste modelo foi o serviço público de saúde ter uma oferta alimentar que não contrariasse as orientações da Direcção-Geral da Saúde. Sempre achei que o Serviço Nacional de Saúde não deveria ser o único local onde estas orientações fariam sentido. Por exemplo, nas universidades, os locais onde se faz educação e se estão a formar pessoas, não se deveriam contradizer as orientações", defende Pedro Graça.

Notícia | Público